sexta-feira, 26 de junho de 2009

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Melhores do que em 2008

Por Renato Godoy

Penso que todo o corinthiano já notou que o time que irá a campo no próximo dia 1°de julho é bem superior àquele que foi derrotado pelo Sport na Ilha do Retiro em 2008. Olhando atentamente às escalações, nota-se uma mudança radical, para melhor, no time alvi-negro. Comparemos então o time que foi à final da Copa do Brasil no Recife com o provável elenco do dia 1º:

2008
Felipe; Carlos Alberto (Lulinha), Chicão, William e André Santos; Fabinho, Eduardo Ramos, Alessandro e Diogo Rincón (Acosta); Dentinho (W. Saci) e Herrera

2009
Felipe; Alessandro, Chicão, William e André Santos; Cristian e Elias; Dentinho, Douglas e Jorge Henrique; Ronaldo

Sem entrar no mérito da qualidade, nota-se de antemão que o time tornou-se mais ofensivo. De um 4-4-2 defensivo, passamos para um 4-2-3-1, ressucitando os pontas. Enquanto em 2008 tínhamos 3 volantes, reduzimos esse número para dois. E são exatamente esses dois, Cristian e Elias, que tornam a equipe de hoje muito superior àquela. Com firmeza na marcação e velocidade e habilidade para sair jogando, são o grande diferencial desta equipe. A ausência de Eduardo Ramos certamente preenche uma importante lacuna no meio corinthiano.

É louvável também o deslocamento de Alessandro para a lateral-direita, que tinha como titular o improvisado Carlos Alberto - muito esforçado, e só. O setor ganhou em muito com o camisa 5. Aliás, vale forçar a memória. Desde quando não tínhamos tanta segurança na lateral-direita? Creio que desde 2002/03 com o Rogério, que em seguida passou para o meio.

Outra observação pertinente é sobre a qualidade dos reservas que entraram no jogo do Recife. Hoje, ao invés de Lulinha, entraria Boquita. No lugar de Saci, Marcelo Oliveira. Dois upgrades, sem dúvida - com o perdão do upgrade. Quanto a Acosta, acredito que Souza empata com ele em termos de "qualidade".

Ocorreram melhoras também naqueles que continuaram no time. Felipe, está aparentemente mais seguro, não falha desde o gol de Diego Souza, em março. No ano passado esse intervalo era impensável.
William e Chicão dispensam comentários. André Santos e Dentinho tiveram oscilações, mas apresentam bom nível técnico. O jovem atacante finaliza melhor e é mais objetivo do que há um ano.

Não é justo comparar Herrera com Ronaldo. Sinto falta do atacante argentino nessa equipe, podia ser, na pior das hipóteses, um bom reserva, ou fazer a função de Dentinho ou Jorge Henrique. Por fim, é até ridículo ressaltar, com o camisa 9 - alguém imaginava que ele viesse quando da final de 2008? - o Corinthians ganhou mais poder de decisão. Decisão, que parece ser o ambiente preferido do atacante. Que assim seja.

Mano Menezes, espinha dorsal desse time, também está melhor, mais ousado e quase infalível. Acredito que dificilmente adotará uma postura acanhada - covarde, pra quem preferir - como naquele fatídico 11 de junho de 2008.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Parabéns, Juvenal




por Renato Godoy


No dia 15 de fevereiro de 2009, duas notas interessante foram publicadas no Painel FC, seção da Folha de S. Paulo onde a diretoria do SPFC parece ter primazia. Esperei um tempo para relembrar esse assunto, por motivos óbvios. Aí vão as pérolas do dirigente máximo do clube em crise, que agora ostenta Ricardo Gomes como treinador.

"Direta. Diretores do São Paulo cutucam o Corinthians dizendo que a contratação de Washington foi mais eficiente do que a de Ronaldo.

Indireta. Juvenal Juvêncio, presidente são-paulino, não cita o corintiano ao falar de Washington, mas diz: "Ele chegou, jogou em seguida, fez gols e não é visto em boates."

Parabéns à diretoria do São Paulo e ao interino-olheiro Milton Cruz pelas contratações cirúrgicas de praxe, como Washington, Eduardo Costa e Jean Rolt. Jogadores que nunca são vistos em boates, nem em campo.

domingo, 21 de junho de 2009

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Pacaembu e Fiel, festa completa

Por Renato Godoy


Desde as imediações do Pacaembu, percebia-se o clima de festa. Festa essa que se acentuou com as notícias que chegavam de Montevidéu. Quando o Corinthians entrou em campo, uma sequência ensurdecedora de fogos de artifício e um belo espetáculo de luzes, sinalizadores e papel picado. Faltaram as bandeiras, há tanto tempo proibidas de forma estúpida nos estádios paulistas.

Quanto ao jogo, São Jorge parece ter atendido às preces do Felipe e iluminou Mano Menezes na escolha do substituto de André Santos. Isto porque Marcelo Oliveira fez excelente partida, corrigindo a principal deficiência que o time encontrou na segunda semifinal contra o Vasco: a saída de bola pela esquerda.

Marcelo esteve bem no apoio e nos desarmes precisos na defesa. É verdade que nos minutos iniciais apresentou uma certa insegurança, que veio abaixo após sua participação na bela jogada que resultou no primeiro gol.

Jorge Henrique fez por merecer ter anotado o primeiro tento alvinegro. Em jogada pelo meio, acionou brilhantemente Marcelo Oliveira pela esquerda, décimos de segundo antes do que seria um desarme. O lateral esquerdo corinthiano viu Jorge surgir na entrada da área, sem marcação – que estava atenta a Ronaldo e Dentinho, mais à frente.

1x0 e festa mais acentuada no Pacaembu, com o maior público do ano, 37 mil, tal como a renda, 1,8 milhões – impulsionada pela carestia dos ingressos, alvo de protesto no intervalo do jogo.

“O resultado já é bom”, diziam alguns, eu incluso.

Ronaldo parecia estar melhor do que nas últimas apresentações. Sobretudo quando jogava mais recuado, apresentando-se como um bom meia, invertendo bolas e fazendo lançamentos que caberiam a Douglas – novamente em noite pouco inspirada.

Uma boa discussão para travar em boteco seria: o seu chute defendido por Lauro no primeiro tempo foi um gol perdido ou uma grande defesa? Fico com a segunda hipótese, apesar de acreditar que se sua forma estivesse melhor, chegaria um pouco antes, podendo concluir com mais clareza.

O Corinthians voltou o mesmo para o segundo tempo. Em lance falsamente polêmico, Elias lançou Ronaldo, que fez jus ao nome e cortou Índio e de pé esquerdo – um de seus melhores pés – colocou entre Lauro e a trave. Mais festa.

A partir daí, o jogo é de Felipe. Na falta cobrada por Andrezinho, o corinthiano pessimista, eu incluso, lembrou do lance contra o Flamengo, há algumas semanas. Mas aqui é Felipe, não Bruno. Bela defesa.

No lance mais difícil do jogo, Taison fica de cara pro gol, tenta tirar de Felipe, em vão. Agachado, Felipe faz a defesa da partida.

Já no fim do jogo, Guiñazu entra sozinho na área e desfere forte chute. Felipe põe para escanteio. Ainda é cedo, eu sei. Mas aquele que virou vilão no ano passado, começa a ganhar a aura de ídolo.

Ressalto o mérito de Mano Menezes na recuperação do nosso camisa 1. Não podemos esquecer que quando Felipe vinha numa fase repleta de falhas, que culminou com a derrota para o Sport, o treinador o afastou da titularidade, para evitar a pressão, e o reintegrou em seguida.



Cautela e ousadia

Mesmo com um resultado muito bom, o exemplo de 2008 tem que estar presente. É jogar sem medo. Até porque um gol em Porto Alegre exige 4 deles. O time deles não é qualquer coisa, mas quem tem que temer algo são eles.

O corinthiano mais otimista, eu incluso, acreditava que os dois gols e a expulsão do descontrolado Leandrão diminuiriam o ímpeto do time do sul. Ledo engano. Ainda que o Timão tenha controlado a maior parte do certame, o Internacional não deixou de buscar o temível gol fora de casa em momento algum.

Aliás, vale um parênteses para falar sobre esse garoto Taison. Infernal, habilidoso e veloz. Perigo constante para a zaga corinthiana. Talvez seja mais imprescindível do que Nilmar, para a equipe de vermelho. Apesar de esses prêmios de federação serem meio suspeitos, é simbólico que em seu primeiro estadual tenha faturado os prêmios de artilheiro, revelação e melhor do campeonato. Enfim, que esteja menos inspirado no dia 1º de julho!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

O lado esquerdo

por Felipe Carrilho


Como já é sabido por todos, o Corinthians terá o desfalque de André Santos para o jogo desta noite contra o Internacional.

Ao contrário do que quase toda a cobertura jornalística vem enfatizando, a ausência do lateral representa um dano ao Timão equivalente àquele causado ao Inter pelos desfalques de Bolívar, Kléber, D'Alessandro e Nilmar.

Apenas partindo de um simplório raciocínio matemático é possível concordar com tal tese da imprensa, pois ninguém pode negar que o 4 é um número maior do que o 1. Mas um mínimo de esforço analítico é suficiente para relativizar esta constatação.

Enquanto o Internacional virá ao Pacaembu buscando prioritariamente empatar, ou perder por uma diferença de poucos gols, o Corinthians tem a obrigação da vitória. As ausências mais sentidas pelo Inter - D'Alessandro e Nilmar - referem-se a jogadores fundamentalmente ofensivos. E Andrezinho, por exemplo, provável substituto do meia argentino, tem o forte poder de marcação como uma de suas características.

No Corinthians, por outro lado, o desfalque de André Santos representa um duro golpe na armação das jogadas ofensivas, função que será tão importante para o jogo desta noite. O problema também é agravado pela falta de substitutos com características semelhantes para a posição.

Entre os condidatos à vaga, Diego é um bom zagueiro, mas na partida contra o Vasco, no Pacaembu, mostrou-se um lateral improvisado muito deficiente para realizar a saída de bola. Wellington Saci, embora mais parecido com André Santos na questão da ofensividade, costuma falhar muito na marcação. E, finalmente, Marcelo Oliveira, ótimo jogador, ainda está voltando, depois de 2 anos se recuperando de contusões...

Será uma dura decisão para Mano Meneses, e que São Jorge o ilumine!

Vai Corinthians!!!

sexta-feira, 5 de junho de 2009

VIOLÊNCIA NO FUTEBOL

por Rui de Castro

Nesta semana tivemos mais um encontro homicida entre torcedores de times rivais, causando, lamentavelmente, a morte de um deles. A violência no futebol é um assunto que precisa ser debatido cada vez mais, e a paz praticada mais ainda. Ontem tivemos mais um lance terrível de violência no jogo entre Santos e Santo André.

Apesar do encontro entre “santos”, uma atitude diabólica, mais uma, do goleiro santista fábio costa (já não merece mais letra maiúscula) contra o lateral Gustavo Nery, foi um dos pontos negativos da partida. É difícil criticar a violência dos torcedores, quando um profissional age da forma que o goleiro agiu. Brigas na vida deste rapaz, pai de família, têm sido constantes. Esse é um péssimo exemplo para todos, todos os que amam, que acompanham o futebol.

Alguns ainda o consideram ídolo, mas, violento e louco dessa forma, não pode jamais ocupar o lugar de um Gilmar dos Santos Neves, não dá. Ídolos têm que ser exemplo para a sociedade, e esse louco não pode ser considerado bom exemplo para ninguém. Não dá mais para apoiar pessoas como ele no futebol.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Agora sim, é Corinthians















por Rui de Castro

O Timão chegou mais uma vez a uma final de Copa do Brasil, a sua segunda consecutiva. Desta vez, enfrentando o Vasco na semifinal, decidirá o título contra o Internacional de Porto Alegre.
O que quero ressaltar neste texto é a maneira com que o alvinegro do parque São Jorge conquistou o direito à decisão. Parece-me que o fiel torcedor estava mal acostumado. A série B foi vencida de maneira bem fácil, confesso que mais fácil do que eu poderia imaginar; veio o Campeonato Paulista, e mais um título. O time mostrando entrosamento, vencendo as partidas, Ronaldo, o fenômeno, fazendo gol a cada partida e, de repente... o Corinthians voltou a ser Corinthians, nosso velho e bom Corinthians.

O fiel torcedor se acostumou a ver o time na fila, mesmo assim nunca desanimou. Depois de 1977, com o título paulista, outras conquistas vieram, inclusive o Brasileirão de 1990, nosso primeiro campeonato brasileiro. Mas o sofrimento sempre nos acompanhou. Quem não se lembra do título nacional de 2005, com Tevez e companhia? A última partida, a que decidiu o campeonato, foi “corinthianamente” sofrida.

Ouvi de muitos amigos, alguns não-corinthianos, que o Corinthians já estava na final, pois venceria o Vasco com facilidade. Eu não tinha tanta certeza assim. O que se viu no Pacaembu, nossa casa, foi uma partida que deixou os torcedores locais, em alguns momentos, com o coração na mão. Muito ataque do Vasco, muito sofrimento para nós, apesar da deficiência do ataque cruzmaltino. Alessandro voltou a jogar com seriedade, e fez a diferença em campo. Felipe salvou, mas em alguns momentos parece que “dormiu” durante a partida. Ronaldo mostrou que talvez não devesse ter ficado fora nas últimas partidas; é craque, mas está precisando de mais ritmo de jogo (o drible em Fernando Prass, sem a conclusão para o gol, mostrou bem isso).
Enfim, nos classificamos. De maneira sofrida – eu sofri muito – nos classificamos; como o corinthiano já cansou de ver, nos classificamos. E que venha o Inter e o título. Com sofrimento, tudo bem, já estou acostumado. Nosso sorriso vem mais feliz assim.