segunda-feira, 4 de maio de 2009

Balanço final do Paulistão corintiano

por Felipe Carrilho

Depois de enfrentar um árduo Campeonato Paulista, o Corinthians se sagrou campeão pela 26ª vez e, de maneira invicta, pela 5ª vez em sua história: 1914, 1916, 1929, 1938 e 2009.

Foi uma competição emocionante para nós, corintianos. Após fazer uma grande campanha na série B, o Corinthians iniciou o campeonato estadual inseguro e instável. A maneira tímida como Mano Menezes escalava o time nos primeiros clássicos ilustra bem isso. Havia uma nítida preocupação em se autoconvencer primeiro de que era possível vencer os grandes rivais. Talvez Mano tenha demorado a perceber o real valor de seu time, mas o fez a tempo, surpreendendo a todos com o esquema tático ofensivo que montou para as semifinais e finais do campeonato.

Outro ponto a salientar foi a maneira como eliminamos o São Paulo. Atual campeão brasileiro, o time mais pretensioso do Brasil caiu ante um Corinthians claramente melhor nos dois jogos das semifinais. Ronaldo, como havia sido contra o Palmeiras e seria frente ao Santos, foi decisivo e mágico na ocasião.

Mano e Ronaldo

Outro ponto positivo foi o modo como Mano Menezes conduziu a adaptação de Ronaldo ao Corinthians. Muito sereno e profissional, o técnico soube escalar o craque nas horas apropriadas, não cedendo a pressões de patrocinadores, mídia etc. Boa parte de seu grande rendimento, Ronaldo deve à sabedoria de Mano Menezes.


O craque do time

Nem Ronaldo, nem Elias, ou Felipe. O jogador mais importante do Corinthians foi Cristian. Volante discreto, foi um leão no meio campo corintiano. Sua capacidade de marcação e senso de posicionamento foram fundamentais para que Mano Menezes se sentisse seguro para abandonar de vez o esquema com três zagueiros. Ainda que isso não bastasse, Cristian fez também os seus gols, como o inesquecível que marcou contra o São Paulo, no primeiro jogo da semifinal, encarnando a alma corintiana.

Porém...

A lamentar, apenas algumas questões: O modo como o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, tentou chamar mais a atenção do que os jogadores, erguendo a taça antes do capitão Willian! Do mesmo modo, o intruso bando de políticos presentes na premiação.
Além disso, como lucidamente salientou Ronaldo, a desorganização da festa - que colocou o nosso capitão em perigo, ao se ver envolvido pelo pequeno incêndio causado pelos fogos de artifício - e finalmente, o assédio exagerado dos jornalistas sobre o fenomenal centroavante.

Apesar dos pesares, aqui é Corinthians!

5 comentários:

  1. Muito bom. Que segunda feira chuvosa e feliz! Só discordo do melhor do time, que pra mim foi o Elias. Apesar do Cristian ter apavorado na fase final.
    Abraço

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  2. Ótimo balanço, Felipe, todos estamos muito contentes, foi uma história com final feliz! Só concordo com o Renato e com o próprio Ronaldo que o melhor do Campeonato foi o Elias, embora na fase final o Cristian e o Ronaldo tenham sido mais decisivos.
    Abraço.

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  3. Acho que tecnicamente o Elias foi o melhor do Campeonato.
    Mas o gol do título foi o gol marcado pelo Cristian nos acréscimos da primeira partida contra o São Paulo. O Tricolor demoliu ali.

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  4. Queria complementar e dizer que você foi preciso ao comentar a intrusão e a falta de noção do Andrés Sanchez.
    Sua tentativa ridícula de aparecer no tradicional momento em que o capitão ergue a taça só me faz lamentar mais que tal sujeito seja o presidente do Corinthians. Uma figura que não merece ser levada a sério.

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