sexta-feira, 6 de março de 2009

Agora sim: é dia 8!

por Renato Godoy


O “dia 8”, exaltado há cerca de um mês pela torcida rival nos estádios, chegou. Dado o importante passo para a próxima fase da Copa do Brasil, todo o corinthiano que se preze não para de pensar, sonhar e divagar sobre o clássico na cidade do Prudentão, do Pop’s Drinks e do, felizmente, ex-diretor do Corinthians, Antônio Carlos.

Tenho família em Prudente, morei lá por um tempo, e posso afirmar categoricamente: o calor de lá é insuportável. Itumbiara ou o CT de Itaquera ficam no chinelo quando o assunto é temperatura. Os relatos que vêm do Oeste Paulista asseguram: no domingo a temperatura deve circundar os 35 graus. Se os torcedores que irão ao Prudentão, que leva o odioso nome de José Eduardo Farah, sofrerão com a temperatura, certamente os jogadores a sentirão ainda mais. Nada positivo para quem espera ver um Ronaldo voando em campo.

Sob essas condições, aproveitando a sessão de “pitacos” inaugurada pelo Felipe, arrisco minhas sugestões para o clássico.

Palpitando

Primeiro, Ronaldo só no segundo tempo. Sei que a ansiedade para ver o atacante em um jogo importante é imensa. No entanto, pelo que foi mostrado em Itumbiara, ele não está pronto para atuar nos primeiros 45 minutos. Não que eu esteja descontente com a primeira atuação dele. Como disse o Felipe, jogou mais que os nossos dois titulares da frente. Sem dúvida, em dois lances ele demonstrou o potencial do antigo Ronaldo, mas numa versão mais idosa e obesa. Porém, acredito que a entrada dele nos primeiros minutos do segundo tempo seria mais vantajosa. Já que ele enfrentaria um adversário já desgastado e, às 17 horas, o calor tende a amenizar, um pouco.

No ataque, o time deveria começar com Dentinho e Otacílio, que corre mais que o nosso 9 na fase Fenômeno, com exagero e tudo. Sobre o time sugerido pelo companheiro Carrilho, Boquita de semi-volante, como no último jogo, não dá. Há grandes chances de o garoto, que demonstra talento, ser fritado se continuar fazendo essa função. Se bem que Túlio também não é uma grande opção para a posição. Aliás, Túlio dá vontade de chorar, como ele gosta. Já mostrou-se despreparado para clássicos e momentos decisivos.

Então, a minha escalação ideal seria: Felipe; Fabinho, Chicão, William e André Santos; Christian, Elias, Boquita e Douglas; Dentinho e Otacílo Neto.

Chegou a hora, Mano!

Sobre o nosso treinador, afirmo que desde 2005 não tínhamos um time, com padrão tático. Desde o ano passado, temos uma equipe sólida, com a escalação que a maioria dos corinthianos conhece de cor, do goleiro ao "ponta-esquerda". Sem dúvida esse mérito deve ser creditado ao Mano.

A questão levantada aqui neste blog é pertinente. Infelizmente o comandante alvi-negro tende a adotar uma estratégia mais defensiva e até covarde em alguns momentos decisivos, como na tragédia da Ilha do Retiro.

Vale lembrar que não ganhamos clássicos sob o comando de Mano Menezes. Aliás, a principal vitória dele foi contra o Botafogo, na semi-final da Copa do Brasil de 2008. Esperamos muito mais dele. Não restam dúvidas que, para crescer sua identificação com o Corinthians, ele deve ser mais agressivo nos momentos cruciais. Que assim seja no domingo.

5 comentários:

  1. Realmente, o Boquita como semi-volante é um improviso tático perigoso. Mas, prefiro ele mais recuado, para permitir os avanços do Elias. Claro que o fato de não termos outro volante confiável interfere nisso. Abraço.

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  2. Rento, sua terra é um inferno! Vai fazer calor assim lá na pqp!

    Boa Sorte com o blog! Abaixo a imprensa esportiva de merda!

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  3. Valeu, cara. Apareça por aqui. Vi um comentário pertinente ontem: se querem proibir jogos na altitude (o que sou contra), deveriam primeiramente extinguir jogos sob o sol de ontem. Apesar de achar que clássico tem que ser realizado domingo às 16 horas, acho que não se deve ter futebol sob aquelas condições. Nunca vi ninguém jogando bola na rua no verão de Prudente às 16 horas.

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  4. Diria que a maior vitória do Mano pelo Corinthians, foi a virada contra o Goiás no Morumbi. O time jogou pro ataque, foi arrasador e fez a sua melhor partida sob a batuta do Mano.
    A única ressalva é que aquele Goiás era treinado pelo "mentira" Caio Jr... rs
    A acrescentar que o blog está com uma cara bem legal...

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  5. Renato, concordo com sua avaliação sobre o Mano e gosto do trabalho dele exatamente por que é basicamente isso: trabalho, sério e planejado. Mas o cara foi de novo retranqueiro no clássico. Como comentei lá no Futepoca (www.futepoca.com.br, no momento "merchan"), empatar na fase final não vai levar a lugar nenhum...

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